o amor que me dedicaste
e o que escreveste
nas cartas que me mandaste
esquece o passado
e volta para meu lado
porque já estás perdoado
de tudo o que me chamaste.
Volta meu querido
mas volta como disseste
arrependido
de tudo o que me fizeste,
haja o que houver
já basta p'ra teu castigo
essa mulher
que andava agora contigo.
Se é contrafeito
não voltes toma cautela
porque eu aceito
que vivas antes com ela
pois podes crer
que antes prefiro morrer
do que contigo viver
sabendo que gostas dela.
Só o que eu peço
é uma recordação
se é que mereço
um pouco de compaixão,
deixa ficar
o teu retrato comigo
p'ra eu julgar
que ainda vivo contigo.
V o z : A m á l i a R o d r i g u e s
Música: Frederico Valério
Letra: Amadeu do Vale
Não, a Amália não morreu, não faz anos que morreu ou que nasceu. A gente cá da tasquinha adora-a e só não a proponho como música de fundo porque depois o Medronho quereria pôr qualquer coisa punk... E chegou a hora da vingança: o Medronho já foi punk (ou panque, como preferirem), só não explica qual o método usado para pôr os cabelos em pé.
Adiante, eu ADORO não só a Amália, como também ESTE fado. É tão ingénuo, tão genuíno, que parece que estamos a ver a moça (ou o moço) a arrepelar os cabelos com as mãos por puro desatino amoroso. Com este mesmo material fez Camões dezenas de poemas.
1 comentário:
lol obrigadinha Esteva:P a descascar a minha vida. Já TE disse que sou um "amante" da música da Amália. Para mim é a única fadista que consigo ouvir. É boa de mais. em relação ao cabelo...depois conto-te! :) Logo que possa farei um post sobre o PUNK...e já sei onde pedir ajuda, né!? "Punk is not dead!" p.s.: só ontem consegui ver o filme Má Educação do Almodovar :)
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