de O Mar, o Mar, de Iris Murdoch
"As suas vítimas [preferiam] a segurança de uma primeira impressão às agruras do pensamento crítico."
ed. Relógio D'Água, trad. José Miguel Silva
Para quantas pessoas não será isto verdade? O pensamento crítico é um quarto escuro e nós somos os electricistas a tentar colocar lá uma lâmpada. Ora, é muito mais fácil colocar milhares de lâmpadas no quarto iluminado das primeiras impressões.
quarta-feira, abril 26, 2006
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1 comentário:
Acho importantíssimo o desenvolvimento do espírito crítico, sobretudo quando tanta gente se limita a papaguear o que lê nos rodapés dos noticiários. Digo rodapés, porque já quase ninguém tem pachorra para ouvir uma notícia até ao fim. Felizmente reinventou-se a brevidade telegramática em forma de rodapé televisivo, o que nos dá uma perspectivsa dinâmica e global sobre as coisas que correm pelo mundo, com a excelente capacidade de corrigir no espaço de 5 minutos qualquer erro ortográfico que surja! Na TVI acho que demoram 10 minutos!Hei-de fazer as contas.
Regressando ao espírito crítico: ele é precioso, mas tem os seus perigos:
Perigo nº 1: pode voltar-se contra ti (treinas a malta a pensar pela sua própria cabecita e, quando dás por ela, está a malta a apontar-te umas imperfeições em que nunca tinhas pensado ou andavas a fazer por não ver).É chato.
Perigo nº2: deixas de te sentir seguro para emitir opinião sobre coisa alguma (porque nunca deténs os dados todos, porque uma parte e outra terão as suas razões, enfim, passas a agir como advogado do diabo, sempre à procura do reverso da medalha). Tornas-te um chato, no mínimo.
Quem é capaz de definir a dose q.b.? Ou será que é mesmo q.m.m. (quanto mais melhor)e o resto logo se vê?
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