Uma estranha convergência de erros, omissões, opções (umas deliberadas,
outras ocasionais) e medidas avulsas dos sucessivos governos tem vindo a
confinar o ensino das línguas clássicas a um pequeno reduto, que quase
parece um ghetto.
Se nada for feito (e tendo em conta, além do mais, as repetidas ameaças
decorrentes de constrições orçamentais), chegaremos à estranha situação
de não formar, em Portugal, classicistas, o que significará, a médio
prazo, que não haverá, entre nós, quem estude as nossas raízes
greco-romanas, componente primordial da nossa identidade cultural. Seria
como se, passivamente, aceitássemos que os apelidos de família fossem
apagados do nosso nome e do nosso bilhete de identidade. A verdade é que
uma sociedade que renega as suas raízes renega-se a si própria e ao seu
futuro, já que não há futuro sem passado.
Por tudo isso, convido-vos a assinarem esta petição, em favor dos estudos
clássicos em Portugal.
outras ocasionais) e medidas avulsas dos sucessivos governos tem vindo a
confinar o ensino das línguas clássicas a um pequeno reduto, que quase
parece um ghetto.
Se nada for feito (e tendo em conta, além do mais, as repetidas ameaças
decorrentes de constrições orçamentais), chegaremos à estranha situação
de não formar, em Portugal, classicistas, o que significará, a médio
prazo, que não haverá, entre nós, quem estude as nossas raízes
greco-romanas, componente primordial da nossa identidade cultural. Seria
como se, passivamente, aceitássemos que os apelidos de família fossem
apagados do nosso nome e do nosso bilhete de identidade. A verdade é que
uma sociedade que renega as suas raízes renega-se a si própria e ao seu
futuro, já que não há futuro sem passado.
Por tudo isso, convido-vos a assinarem esta petição, em favor dos estudos
clássicos em Portugal.
http://www.PetitionOnline.com
(Este texto foi retirado de um mail dinâmico)
2 comentários:
Uma boa luta para se lutar. Fala com o Rui Martins do blog Causas que é dedicado a petições.
http://causas.wordpress.com/
um abraço
Há muitas pessoas que não tiveram a possibilidade de perceber que de cada língua se vê um mundo diferente.
Que as línguas morram devido a calamidades naturais, a guerras e outras coisas que tais é compreensível. Agora, que um governo lhes decrete a morte para poupar uns tostões revela, não só ignorância (o que é tolerável, porque não podemos saber de tudo), mas também e sobretudo imodéstia, inconsciência e irresponsabilidade - o que é inaceitável.
Se quem governa só percebe de números e de contas, se não sabe nada dos gregos e dos romanos, que peça ajuda, que se informe. O que não pode é não querer saber. Aplique-se a máxima "in dubio pro reo", que tanto jeito tem dado ao longo dos séculos.
Já agora, estudem-se bem aqueles que são considerados os bons exemplos educativos - conheci um estudante alemão que no secundário já tinha mais anos de Latim do que alguns dos profs de Português de hoje. Se a eles o Latim interessava por ser a Matemática das Humanidades, a nós que falamos uma língua românica não faltam razões.
Espera, às tantas as nossas autoridades governativas acham que a noção de democracia e o gosto pelo conhecimento quer pragmático, quer filosófico são coisas subversivas! Lá isso são.
De que é que estamos à espera para fazer uma petição a reclamar a morte antecipada deste jardim infantil promovido a governo?
cinzeiro g
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