poema
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
terça-feira, novembro 28, 2006
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1 comentário:
Eu, que sou uma besta, só quero é fazer bonecos e depois nestas alturas nem presto as homenagens que devia a quem as merece. Vale que há por ai gente como tu para fazer aquilo que eu devia mas não faço.
Obrigada por isso.
bjs
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