quarta-feira, novembro 29, 2006

Cesariny (1923-2006)

ditirambo

Meu maresperantotòtémico
minha màlanimatógrafurriel
minha noivadiagem serpente
meu èliòtròpolipo polar

meu fiambre de sol de roseira
minha musa amiantulipálida
meu lustrefrenado céu grande
minha afiàurora-manhã

minha fôgoécia de estátuas
minha lábioquimia cerrada
minha ponta na terra meu arsgrima

meu diamantermita acordado!

Pena Capital

1 comentário:

Anónimo disse...

Estava distraído... aliás, muitas vezes estou distraído, não tinha vistos os posts sobre Cesariny... antes de ele morrer, tinha uma vaga ideia quem era...

Apanhei o avião, meteram-me o Público na mão e lá vinha ele, enchendo as páginas principais... e ali conheci alguns dos seus poemas que nunca tiveram tanta exposição pública... fantásticos...

Mesmo os melhores de nós, Portugueses, têm de morrer para ser conhecidos... entretanto, os nossos media, em especial, o serviço público de televisão, continuam a dar atenção às porcarias do costume

Quando chegará o dia em que os Portugueses terão gosto e valorizarão a cultura? Nunca?