quinta-feira, março 30, 2006

Disco riscado

Nestes últimos dias ando a ouvir Spacemen 3. Há dias em que só ouço "guitarradas". Não sei se tem a ver com o estado de espirito ou se tem que ver com a estação.
Há bandas que só ouço na Primavera - Verão, e outras que ouço mais no Outono - Inverno. Não sei se é normal ou não, mas também não interessa.
Nesta altura do ano gosto de ouvir um BOM SOM. Som de guitarras, como por exemplo Spacemen 3, Sonic Youth, My Bloody Valentin, Stooges.... já sei que são bandas "nostalgicas" mas é o que ouço. Das bandas mais recentes ouço RadioHead. É as poucas bandas (com guitarras) audíveis.
Estar no carro a ouvir Spacemen 3 "sound of confusion" é de mais. Principalmente quando ouço o Revolution :)
O pior é que ainda dizem que tenho o disco riscado. Pena que não tenham ouvido o PsychoCandy dos Jesus and Mary Chain.

quarta-feira, março 29, 2006

A censura prévia voltou

Tudo o que eu gostaria de dizer sobre este assunto já foi dito no segundo andamento. Acrescento apenas que o J. P. George vai vender imenso sem ter gasto um tostão em promoção e sem, suponho, ter acrescentado grande coisa ao saber universal. Só tem que agradecer à divina providência (trocadilho previsível...).

Sonnet XVIII

Shall I compare thee to a summer's day?
Thou art more lovely and more temperate:
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer's lease hath all too short a date:
Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimmed,
And every fair from fair sometime declines,
By chance, or nature's changing course untrimmed:
But thy eternal summer shall not fade,
Nor lose possession of that fair thou ow'st,
Nor shall death brag thou wander'st in his shade,
When in eternal lines to time thou grow'st,
So long as men can breathe, or eyes can see,
So long lives this, and this gives life to thee.


William Shakespeare
(belamente cantado por Bryan Ferry)

terça-feira, março 28, 2006

Revoluções novas?

Medronho, meu amigo, parece-me que já não acredito em revoluções. Acredito em água mole em pedra dura, tanto dá até que (espero) fura.
O pragmatismo e a observação do resultado de muitas tentativas de concretização de utopias em séculos anteriores levam-me a este simples desalento, no qual reside ainda alguma esperança. Penso ter a obrigação moral de continuar a fazer os possíveis para que o mundo seja melhor, no que estiver ao meu alcance, mas pouco mais. Há utopias lindíssimas com que sonho, e tu sabe-lo. Mas tenho consciência de que o barro de que somos feitos nos impede de voar mais alto.
A evolução, apesar de tudo, tem sido bem rápida, basta pensarmos que, na Europa (ressalve-se), há não muito tempo as mulheres não votavam, Oscar Wilde foi preso pelas suas orientações sexuais, as crianças trabalhavam duramente no mesmo tipo de trabalhos que um adulto, os pobres não tinham outra perspectiva a não ser a da servidão, os negros eram escravos ou vítimas de apartheid. Mas há ainda um vasto mundo onde tudo isto ainda não chegou, quer porque não se consegue fazer cumprir as leis, onde elas existem, quer porque ainda não chegaram, como tu e eu certamente gostaríamos, a todos os sítios onde alguém é oprimido por ser quem é.
Água mole em pedra dura é, neste momento, a única revolução que vislumbro. E, convenhamos, se for sendo feita todos os dias já não é nada mau.

segunda-feira, março 27, 2006

REVOLUTION

Quem quer alinhar numa nova REVOLUÇÃO?

Aceito sujestões.

Fora com o marasmo. Fora com a apatia. Fora vezes NADA, NADA!

REVOLUTIONNNNN

sábado, março 25, 2006

Não é justo

Se eu vivesse em Lisboa, hoje podia ver O Sétimo Selo, do Bergman, A Dama de Xangai, do Orson Welles, ou Marinheiro de Água Doce, de e com o Buster Keaton, no grande ecrã. Mas não vivo.
Ora, isto não me parece justo, é que eu também pago impostos para que a Cinemateca exista! Quando é que esta instituição se lembra de fazer uma perninha noutros distritos, como fez há muitos anos no Porto (uma vez sem exemplo)? Não haverá maneira de pôr uma cruzinha na declaração de IRS para financiar a deslocação de alguns filmes desde Lisboa até ao resto do país?
Grrrr!!!

sexta-feira, março 24, 2006

Para o meu amor

"Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei"
Sophia de Mello Breyner

quarta-feira, março 22, 2006

O fisco esqueceu-se dele

Fisco deixou caducar dívida de Carrapatoso

A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) deixou caducar uma alegada dívida de IRS superior a 740 mil euros ao contribuinte António Carrapatoso, presidente da Vodafone Portugal.A alegada dívida diz respeito a rendimentos auferidos por António Carrapatoso em 2000 e, como tal, teria de ser notificada ao contribuinte até 31 de Dezembro de 2004.

Mas o fisco esqueceu-se, que cabecinhas! E não só se esqueceu, como um zeloso funcionário (decerto, por moto próprio e com pena do senhor) colocou no sistema informático que a dívida tinha sido liquidada. Quando , finalmente, o homem foi avisado de se tinha ESQUECIDO de pagar os seus impostos, reclamou por que o deviam ter avisado mais cedo e assim não era obrigado a pagar. A reclamação foi aceite.
Que pântano este em que vivemos...

terça-feira, março 21, 2006

Paraíso-Quase-Perfeito

Vista de Nascente
A Sala para Sul e o Amor ao Fundo
O Sul e o Plátano
Fotos de João Paulo Silva

Rodas da vida

domingo, março 19, 2006

Contribuições

... para o Ano Durruttiano aqui.

Dúvida existencial - 2

Para onde vão todas as formigas quando chove? Conseguirão alcançar o formigueiro se começar a chover e elas estiverem a percorrer os seus infinitos caminhos?

sexta-feira, março 17, 2006

A História

"La historia es una invención, y la realidad suministra los elementos de esa invención. Pero no es una invención arbitraria. El interés que suscita se basa en los intereses de quienes la cuentan(...)."

El Corto Verano de la Anarquia, Hans Magnus Enzensberger

P.S. Associo-me, a título pessoal (isto é, o Medronho nem sequer sabe, pode inclusive discordar em absoluto desta minha posição, mas nós por cá somos plurais, dentro do possível, e o que interessa é discutir ideias) , à celebração do Ano Durrutiano iniciado pelo Ad Loca Infecta.

A Escrita

A ESCRITA é a maior invenção do Homem. Já que com a escrita o Homem passa uma imagem abstrata para um suporte. E essa passagem parecendo fácil(actualmente) não o foi, e não é.
O que é a Escrita?
Posso dizer rápidamente que é uma forma de expressão, e uma forma de comunicação. E comunicar é manter uma relação aceitável de linguagem. É tentar que o emissor da mensagem entenda o que queremos dizer. Se escrevo: "u k n s fez, n é importante". De certeza que todos conseguimos dicifrar esta linguagem. Mas, a questão que se coloca (principalmente nos profs de português) é se isto é Escrita?
Deixo esta questão no ar, com um exemplo que tirei do EXCELENTE blogue "A Informação".
Ora vejam e decifrem:
UM D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314.
3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4.
4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0, M45 C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0.
C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40:
G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R.
M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R!!
S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0.
0 R3570 3 F3170 D3 4R314.

quinta-feira, março 16, 2006

Mulher dormindo

Johannes Vermeer

quarta-feira, março 15, 2006

Belíssimo, este poema

Porque o melhor, enfim,
É não ouvir nem ver...
Passarem sobre mim
E nada me doer!

- Sorrindo interiormente,
Co'as pálpebras cerradas,
Às águas da torrente
Já tão longe passadas. -

Rixas, tumultos, lutas,
Não me fazerem dano...
Alheio às vãs labutas,
Às estações do ano.

Passar o estio, o outono,
A poda, a cava, e a redra,
E eu dormindo um sono
Debaixo duma pedra.

Melhor até se o acaso
O leito me reserva
No prado extenso e raso
Apenas sob a erva

Que Abril copioso ensope...
E, esvelto, a intervalos
Fustigue-me o galope
De bandos de cavalos.

Ou no serrano mato,
A brigas tão propício,
Onde o viver ingrato
Dispõe ao sacrifício

Das vidas, mortes duras
Ruam pelas quebradas,
Com choques de armaduras
E tinidos de espadas...

Ou sob o piso, até,
Infame e vil da rua,
Onde a torva ralé
Irrompe, tumultua,

Se estorce, vocifera,
Selvagem nos conflitos,
Com ímpetos de fera
Nos olhos, saltos, gritos...

Roubos, assassinatos!
Horas jamais tranquilas,
Em brutos pugilatos
Fraturam-se as maxilas...

E eu sob a terra firme,
Compacta, recalcada,
Muito quietinho. A rir-me
De não me doer nada.

Clepsydra, Camilo Pessanha

terça-feira, março 14, 2006

Ioga

Não parece, mas é trabalho duro: do corpo e da mente. Sobretudo quando se é indisciplinada por natureza, como eu.
1º Aprender a dominar o corpo, fazendo sempre um pouco melhor até conseguir, ao nosso ritmo, chegar . Esta parte, que parece a mais difícil, tem sido a mais fácil.
2º Difícil, difícil, é dominar a mente que nos diz: olha para os outros, vê o que eles conseguem fazer, vê o que tu NUNCA CONSEGUIRÁS! Ou então: são quase sete horas, mas ... e se eu ficasse em casa a fazer a minha sesta? Ou ainda (nos piores dias): olha, olha, pôr os pés onde? Está bem, abelha! E para que preciso eu disto??? O que estou eu a fazer aqui??? Meto-me em cada uma!Mas a persistência tem resultados (velha lição, não é?). E uma das não menos extraordinárias "habilidades" que se aprende no ioga é a de como respirar! Controlar a inspiração, a retenção, a expiração. No fundo, a respiração é a grande metáfora da auto-disciplina, no ioga: parece fácil, mas não é.
3º Para além do difícil, há ainda o impossível: a meditação, ou seja, a ausência de pensamentos. Esta meta é verdadeiramente espinhosa: o professor pode ensinar-me a pôr os pés atrás da cabeça, mas a meditar ninguém pode, só eu... E é precisamente este o meu objectivo: aprender a desligar o cérebro do ruído, deixar que tudo flua e que nada me toque, quando assim o entender.

Yoga, Reiki, Vegeterianismo, Macrobiótica...

segunda-feira, março 13, 2006

Dúvida existencial

Como é que os pessegueiros sabem quando hão-de florir todos ao mesmo tempo?

domingo, março 12, 2006

Freecycle

Estão a ver a reciclagem? E a "friciclagem"? (palavra gira, não sei se já existe, se não existir fui eu que inventei!).
Ora esta organização (http://freecycle.org/ ) teve uma excelente ideia, em vez de deitarmos para o lixo coisas em demasiado bom estado para reciclar literalmente, passemo-las à pessoa seguinte, isto é: ofereçamo-las! É só ir ao sítio deles, registar-se e dizer o que temos para dar ou o que queríamos aceitar de graça. Quem tem tralha livra-se dela, quem precisa de alguma coisa pode encontrá-la gratuitamente! Grande ideia!!!

P. S. Em Portugal há dois grupos: Lisboa e Coimbra. Para já.

In the Heart of the Moon

"Music is part of the fabric of my body and makes my spitit grow. Sincerely, music quenches the thirst in my heart. It is my gift, my gift of knowledge." (Ali Farka Touré)

"This is a record of music that did not exist before. The music in Mali can't be compared to any other type of music." (Toumani Diabaté)

É-me sempre difícil falar de música, não possuo "formação musical", logo aquilo que ouço ou me agarra ou não. Há coisas a que adiro com mais facilidade do que a outras e nem sei explicar por que me agradam, apenas por que tocaram em alguma corda da minha sensibilidade. Uma delas é a das músicas despidas de electricidade, só instrumentos puros, melodias simples e voz. Este disco é um exemplo sublime dessa simplicidade que resulta em beleza. É interpretado por Ali Farka Touré e Toumani Diabaté e a acompanhá-lo vêm dois textos escritos por estes autores/intérpretes do Mali; cada um fala do outro e até pela leitura destes duas homenagens recíprocas se percebe que eles são de um outro mundo: um mundo de terra, de silêncios, mágico e ancestral.

sexta-feira, março 10, 2006

10 ANOS ! ! ! !

Hoje foi só o primeiro dia, mas ...tenho a certeza de que, nos próximos dez anos, sempre que se disser "Cavaco Silva, o Presidente da República", eu vou ter uma reacção alérgica!...

O Pai da Democracia

Soares amuou. Durante toda uma vida andou a lutar pelo povo e pelo poder do povo, leia-se democracia. O povo é um mal agradecido, um esquecido, um ingrato - e Soares zangou-se.
Nós ainda não sabíamos, eu pelo menos não sabia, deve ser culpa minha. Ontem fiquei a saber. Na qualidade de ex-eleito para presidente desta coisa a que chamamos país durante dez anos, foi à tomada de posse do actual eleito. Lá ir, foi. Mas não aplaudiu nem cumprimentou quem o povo elegeu. É que, ao contrário daquilo em que toda a vida o pai da democracia acreditou, o povo enganou-se. Soares é que devia ter sido eleito. Aliás, ele nem sabe para que raio se fizeram eleições, então não se estava mesmo a ver que ele é que era? Agora, para eu ficar mesmo, mesmo, espantada só me faltava que SóAres impugnasse as eleições por inimputabilidade dos eleitores...

QUEM É FUNDAMENTAL?

"Cem mil portugueses considerados "fundamentais para o país", devido aos cargos que ocupam, vão receber antivirais em caso de pandemia provocada pelo vírus da gripe das aves, anunciou hoje a sub-directora-geral da Saúde, Graça Freitas." Retirado do Público online.

Graça Freitas abriu também uma lista de inscrições para portugueses fundamentais. Propõe-se, a reputada sub-directora-geral da Saúde, dar cabo do défice em pouco mais de um mês por meio desta lista. Assim, quem quiser ser considerado fundamental ao país deverá desembolsar um cem-milavos do défice e será , de imediato, colocado na lista. A Ex.ma Senhora Graça Freitas isentou a sua pessoa do pagamento da contribução referida por serviços relevantes na área da política criativa. Solicita-se aos interessados que se locomovam com a rapidez necessária, pois o défice é galopante e os putativos fundamentais podem não conseguir reunir os fundos necessários em tempo oportuno. Caso não haja portugueses fundamentais que cheguem, aceitam-se fundamentais de outros países, desde que suficientemente endinheirados.

quinta-feira, março 09, 2006

quarta-feira, março 08, 2006

Montagem

Ontem, na 2, passou um documentário sobre a importância da montagem num filme. Alguém viu? Gostei muito. Um filme tem muito que se lhe diga e ontem fiquei a pensar nesta coisa do montador ser o criativo final do filme. Sempre imaginei que o montador fazia basicamente o que o realizador lhe mandava, mas afinal a história do cinema está cheia destes criadores invisíveis que ajudaram a elevar até às estrelas actores, realizadores e até filmes! Montar é decidir como manipular o olhar do espectador, se vamos ser assustados ou se vamos ser obrigados a ver friamente algo terrífico e emocionante, se nos vamos rir do Hitler ou idolatrá-lo. Por isso é que os bons realizadores querem estar na sala de montagem, por isso é que é uma pena que tenham limitado a criatividade de Orson Welles ao impedi-lo de montar livremente vários dos seus filmes. É que o cinema não se faz só de histórias, mas do modo como estas são contadas; do modo como o filme pega em nós e nos faz ver e sentir, não o que nós queremos, mas o que o realizador (ou o montador, ou o argumentista) quer. E o que nos leva ao cinema é também este desejo de sermos manipulados e levados a olhar de uma perspectiva nova.

Dia Internacional da Mulher

Para TODAS as MULHERES um BOM DIA, (SEMPRE)!

terça-feira, março 07, 2006

Sonho

O sonho faz-noz fazer loucuras. Abandonamos a nossa cidade, abandonamos os nossos velhos amigos, deixamos a nossa família chegada, e vamos em busca do paraíso. O paraíso está cheio de silvas, só se abre caminho à catanada. É aqui o paraíso? Dizes tu: é, olha! Desbrava-se o matagal, deitam-se paredes abaixo, faz-se uma argamassa bastarda, tapam-se os buracos, põem-se portas novas, vidros duplos e aquecimento central. Ah, já estou a imaginar... E toca a trabalhar pelo sonho, a fazer sacrifícios, a exigir de nós e dos outros o máximo. Mas, às vezes, fraquejamos, perguntamo-nos por que abandonamos o caminho pavimentado, são tantos os obstáculos...

Medronho




















Cortesia de http://ribatejo.blogspot.com/ - um blogue muito interessante.

segunda-feira, março 06, 2006

Enxaqueca

Fui almoçar a uma esplanada. Tava-se bem. Uma boa sande e uma cerveja preta. Tava SOL. A conversa desenrolava-se após cada trincadela na sande. Tudo perfeito. O pior é que neste momento estou com uma enxaqueca.

sábado, março 04, 2006

Cinema

O cinema entrou sorrateiramente na minha vida. O primeiro filme que quis ver no cinema foi o E.T. – todos os meus amigos foram e eu também queria, mas não pude. O primeiro que vi no cinema foi “ A Educação de Rita”, não me marcou lá grande coisa: tinha demasiadas expectativas sobre o que era IR AO CINEMA, tantas que o filme era o que menos importava… Comecei, depois, a perceber que nem tudo o que passava no cinema me interessava quando fui ver com um grande grupo de rapazes e raparigas um filme de aventuras e acção. No fim todos gostaram muito, menos eu. Ainda não sabia do que gostava, mas já se fazia luz sobre aquilo que não me agradava. Já nos tempos da faculdade, descobri o Cineclube do Porto, onde vi muito boas coisas, destacando a memória o Murnau e o Paul Newman (com o extraordinário filme “Algemas de Cristal”, argumento do Tenesse Williams, com o Jonh Malkovitch, entretanto um dos meus actores preferidos). No prematuramente defunto Festival de Cinema Europeu vi o belíssimo “Un coeur en hiver”. Importantes também foram a Casa das Artes (“Vale Abraão”, por exemplo) e o Carlos Alberto (“Chuva de Pedras”). São as vantagens de viver numa cidade como o Porto, SEM CINEMATECA!!!! mas com uns fogachos no escuro para nos alegrar o espírito. A TV, por muito odiosa que se me tenha tornado, foi também um bálsamo com “cinco noites, cinco filmes” e “o filme da minha vida”. No televisor vi aqueles dois filmes da minha vida: o do Laughton e o do Bergman. Enfim, o vídeo e o DVD completaram os danos que o cinema haveria de fazer: o prazer, a comoção, o maravilhamento, o incómodo, a beleza que proporciona são viciadores e elevam o nosso grau de exigência em relação à vida e à arte. Por isso, de vez em quando, vou botar faladura sobre uns filmitos, coisa simples e despretensiosa. Apenas porque escrever sobre algo belo é prolongar a experiência de beleza.

Tempestade versus Bonança

Afinal está SOL. Para quem temia o vento e a chuva...está SOL! Os antigos Egipcios eram os grandes adoradores do dEUS SOL. Agora os compreendo!

sexta-feira, março 03, 2006

Brodsky Quartet

Neste preciso momento estou a ouvir um disco (raro para mt gente): "Best of Brodsky Quartet", com a participação da Björk e Elvis Costello. Vale a pena ouvir!

Acordar

Hoje acordei cheio de sono. Não sei o que se passa comigo, mas tenho acordado cada dia que passa com mais sono. Mas é só no momento. Depois de um bom banho fico "acordado".

quinta-feira, março 02, 2006

Dançando com a morte

O Sétimo Selo, Ingmar Bergman
A Sombra do Caçador, Charles Laughton

Esteva

Rádios

Comecei a "ouvir" rádio por volta da década de 80.
O primeiro programa em que ouvi de forma mais sistemática foi o “Som da Frente” do António Sérgio na Rádio Comercial. O programa naquela altura era às 18horas (ou 19h? humm). Depois passou para a 1hora da madrugada. Tantas noites passei a ouvir e a gravar BOA música. Ainda me lembro de ficar acordado até à 1hora, e adormecer 5minutos depois... Também ouvia nessa altura um programa na Antena 1: Sete Mares (?) (já não me lembro de quem era a autoria, presumo que Sofia (?). Este programa passava por volta das 15horas.
Depois de um hiato, chegou a rádio que veio revolucionar os programas radiofónicos: a X-FM. Durou pouco. Mas foi uma excelente rádio. Nessa altura também já era ouvinte da RUM (rádio universitária do minho).
A X-fm fechou, e deu lugar à VOXX.
A VOXX de início não era muito do meu agrado, mas foram melhorando, e muito. Passando a ser a minha rádio de viagem e de trabalho. Agora, só tenho a RUM.

É a vida...dura!!

Dead can Dance

Olá,

Este blogue tem hoje o seu primeiro dia de gestação.
Será um blogue onde se falará um pouco de tudo, e de nada.
Terei como companhia nestes "dizeres" a Esteva.

Espero que gostem,

Fiquem MUITO BEM,


medronho

p.s.: ...e os mortos podem dançar!