terça-feira, dezembro 26, 2006

CONTRA A IMPLEMENTAÇÃO DA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA TLEBS (TERMINOLOGIA LINGUÍSTICA PARA OS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO)

Mais uma petição de cidadãos fartos da prepotência dos seus governantes e que resolveram agir como podem. Porque o exercício da cidadania não se pode esgotar no dia das eleições .
"- Os pais e encarregados de educação não foram chamados a dar a sua autorização para que os seus filhos e educandos integrassem a experiência TLEBS. O Estado Português fez uso abusivo da autorização implícita inerente à frequência da Escolaridade Obrigatória.


- O Estado Português permitiu-se introduzir na Escolaridade Obrigatória conteúdos experimentais não validados ou em fase de validação.
(...)
- O esforço de aprendizagem que é exigido aos alunos pode ser inconsequente: o Ministério da Educação já admitiu parar ou rever o processo no final deste ano lectivo.
(...)
- Uma das linguistas responsáveis pela TLEBS, a Professora Catedrática Maria Helena Mira Mateus, afirmou à Antena 2, em entrevista transmitida no programa Um Certo Olhar, haver termos na TLEBS com os quais “não concorda muito”. A gravação áudio da entrevista está disponível nos arquivos da Rádio Difusão Portuguesa e também em
http://www.goear.com/listen.php?v=992ab36 e em http://www.bolt.com/contratlebs/music/TLEBSEntrevista_Maria_Hel/2773513
(...)
- A Associação de Professores de Português, apesar de ser a favor da TLEBS, “não sabe ainda se esta terminologia é a terminologia de que o sistema educativo tem necessidade” e manifestou-se publicamente contra o alargamento da experiência pedagógica a toda a população escolar: “não se pode testar uma vacina da gripe inoculando toda a população”, foram palavras do seu Presidente.

- A formação de professores ainda está em curso. A nova TLEBS está a ser ministrada aos alunos sem que tivesse sido completada a formação dos professores. Os professores estão a ensinar o que ainda não sabem. A Associação de Professores de Português está com dificuldades em conseguir dar formação a todos os professores, atempadamente.

- Os alunos de 12º ano, depois de 11 anos a aprenderem Gramática Portuguesa fazendo uso da terminologia tradicional, vão ser avaliados, já este ano, pelo conhecimento que têm da Gramática Portuguesa segundo a nova TLEBS. Os exames de 12º ditam o acesso à Universidade. Há um futuro em jogo. Há um passado de estudo, esforço e trabalho que é deitado ao lixo.
(...)"


Já muito se tem escrito sobre esta estopada da TLEBS, os porta-vozes do nosso descontentamento têm sido os fazedores de opinião mais conhecidos: o Graça Moura e o Prado Coelho, por exemplo. Claro que, a mim, o facto de estes senhores se insurgirem contra a TLEBS pôs-me instintivamente a pensar: se eles são contra então eu não posso ser... Mas, reconheço, que de vez em quando eles pensam bem (mas atenção, muito de longe a longe!)

Entretanto, a contestação chega já, também, aos Encarregados de Educação (enquanto foram só os profissionais do ensino da Língua Portuguesa os descontentes, poucos consideraram a nossa opinião, note-se). E esta petição, de que acima transcrevo um excerto, é da iniciativa dos pais, sendo por isso de louvar ainda mais.

Por isso, leiam atentamente e, se concordarem, assinem que "não dói nada". E, já agora, divulguem.

2 comentários:

Anónimo disse...

Perdoem-me a ignorância, mas o que é afinal a TLEBS?

Anónimo disse...

Perdoem-me a ignorância, mas o que é afinal a TLEBS?