sexta-feira, julho 07, 2006
Para memória futura
Estão a ver isto? Já não está lá. E isto:
Também não. Pelo que, é oficial: não gosto do que fizeram à minha Avenida. Primeiro deram-me cabo do café (o Aviz), depois dos Leões e da Cordoaria, a seguir da Batalha, agora é a Avenida. Eu até sou a favor do progresso, como diria o meu pai. Até compreendo que me tirem aquelas maravilhosas e frondosas árvores porque esburacaram tudo para o Metro e eu entendo a necessidade do Metro, se entendo! O que eu sofri por não haver metro!!!
Agora porquê darem cabo da relva, dos canteiros, dos bancos de jardim?? Para expulsarem os pombos e as poucas pessoas que com eles iam passeando pela baixa? Então , parabéns, tomem lá a medalha, conseguiram. Só vi pessoas a passar, hoje, não vi ninguém a passear Avenida abaixo, não vi crianças atrás de pombos e gentes a dar pão aos pombos. Depois venham-me dizer que "o Porto está deserto", "é só escritórios". Claro, as pessoas precisam de ver árvores, de ouvir pássaros, de imaginar que ainda não está tudo perdido.
É este o Porto que querem? Então, há ainda que eliminar: o Jardim de São Lázaro (tem coreto, lago, árvores a mais, é uma porcaria!), o Jardim da Arca d´Água também e, por favor, não se esqueçam dos Jardins do Palácio de Cristal que estão a impedir o pessoal de Cedofeita de ver o rio. Por falar em rio, aquela Ribeira é outra porcaria, é só gente a dizer palavrões e drógados. Eu deitava aquilo abaixo e fazia um D´Ouro Shopping, pra japonês ver...
O que vale é que fugi a tempo.
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4 comentários:
acho estás a precisar de uma remodelação do siza. alcatrão e penas para cima de ti.
ou será à siza?
Com a ideia de serem "modernos" andam a descaractrizar muitos dos locais históricos das nossas cidades. Preferem parques com muito muros de betão e repuchos para ganhar votos. Quem perde é quem via a cidade com os olhos da infancia e a vê desaparecer a pouco e pouco.
mas também é verdade que os tempos agora são outros. esses locais que vemos com olhos de infância estão desertos, ou por abandono propositados das autoridades e com interesses imobiliários ou pelos novos tempos.
ainda ontem estava a falar com um colega meu sobre os preços exagerados dos infantários e pré-escolas. no nosso tempo os infantário e pré-escolas eram as ruas e os bairros. éramos como bandos de pardais à solta, ou de tarrotes, como se diz cá para cima. e falávamos também que criança que não frequentasse agora a pré-escola, que ficasse em casa com a mãe ou os avós, sofria um choque quando chegasse à primária. não estava preparada para enfrentar a nova geração de tarrotes que saía da pré-primária. não tinha escola. e estes locais que vemos com olhos de infância continuam a ser frequentados pelos velhos pombos só que cada vez vão sendo menos, agora existem lares de terceira idade. a escola agora é outra. o que fazer a esses espaços quando se coloca a bicharada noutras gaiolas?
só que muitas vezes o problema é como se faz . também eu aqui em vila do conde levei com o siza. só que por aqui o caso pode ser mais grave, a requalificação da marginal desse velho pode matar, literalmente. não conhecem uma gaiola para este gajo?
Realmente é muito triste vêr a "sala" de visitas do Porto neste estado, triste, sem côr. O progresso por vezes tem destas coisas, o metro veio favorecer grandemente estas populações nos arredores do Porto, mas também contribuiu para mudanças radicais na cidade e esta é mais uma. Fiquei curiosa quando, depois de meses de obras,e de muito tempo sem passar por ali, me disseram: "A praça está muito bonita, até tem piscina"...Quando vi, fiquei desolada, tanto cinzento, e a pseudo-piscina? uma bela porcaria, que serve para quem passa por ali e que com menos educação, se serve dela para depositar uma ponta de cigarro, ou um saco plástico....As outrora árvores e os bancos que por ali existiam foram substituidos por novas árvores, é certo, mas em menos número e ainda muito "jovens", vão levar anos para que cresçam, e oxalá cresçam..., e os bancos que eram colectivos, agora são individuais e quase que se podem levar para casa. Enfim...será este o preço do progresso?
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